segunda-feira, 14 de maio de 2012

Trabalho de campo de Malinowski



Aos 30 anos Malinowski iniciou a sua carreira de etnógrafo , como uma pesquisa de campo de seis messes na Nova Guiné, estudando os povos Mailu.
Passou cerca de 6 meses na Ilha, onde aprendeu com facilidade a linguagem daquele povo, agora sem preocupações em ter intérpretes por perto.
Depois de uma pausa na Austrália, Malinowski regressou ao campo em maio de 1915 e, em parte por acidente, fixou-se nas Ilhas Trobriand ao largo da Nova Guiné, a fim de realizar o seu estudo seguinte.
Esse estudo das Trobriand proporcionou a Malinowski a base se seu prestígio subsequente, e o teor pioneiro dessa inesvtigação é destacado pela compração com o anterior estudo Mailu. Na realidade ele inventou os métodos da moderna pesquisa de campo nos dois anos que passou nas Ilhas Trobriand, nos períodos de 1915-16 e 1917-18.

Povos

Com raras exceções, as populações costeiras das ilhas do sul do Pacífico são – ou foram, antes de sua extinção – constituídas de hábeis navegadores e comerciantes. Muitas delas produziram excelentes variedades de canoas grandes para navegações marítima, usadas em expedições comerciais a lugares distantes ou incursões periféricas na Nova Guiné, não são exceção a esta regra. São todos, de maneira geral, navegadores destemidos, artesãos laboriosos, comerciantes perspicazes. Os centros de manufatura de artigos importantes – tais como artefatos de cerâmica, implementos de pedra, canoas, certas finas e ornamentos de valor – encontram-se em localidades diversas, de acordo com a habilidade dos habitantes, a tradição herdada por cada tribo e as facilidades especiais existentes em cada distrito. Destes centros os artigos manufaturados são transportados a diversos locais, por vezes a centenas de milhas de distância, a fim de serem comerciados.
Encontram-se, entre as várias tribos, formas bem definidas de comércio ao longo de rotas comerciais específicas. Entre os motu de Port Moresby e as tribos do golfo Papua encontra-se uma das mais notáveis formas de comércio.

Mais para o leste, na costa sul, vivem os mailu, população laboriosa e navegadora que, através de expedições feitas anualmente, servem de elo entre o extremo leste da Nova Guiné e as tribos da costa central.

Há, finalmente, os nativos das ilhas e arquipélagos, espalhados no extremo leste também se encontram em constantes relações comerciais uns com os outros. Ao extremo leste da Nova Guiné, mas também as Lusíadas, a ilha de Woodlark, o arquipélago de Trobriand, e o grupo d’Entrecasteaux; penetra no interior da Nova Guiné e exerce influência indireta sobre vários distritos circunvizinhos, tais como a ilha de Rossel e algumas porções dos litorais sul e norte da Nova Guiné.

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