quarta-feira, 16 de maio de 2012

Contexto Etnográfico de Radcliffe-Brown

 Geografia


Ilhas Andaman, atualmente um território pertencente à Índia.


Austrália em 1926


 Política


1885: Conclui-se a Conferência de Berlim que repartiu a África entre os países europeus

1902: Sufrágio feminino na Austrália

1903: Emmeline Pankhurst funda a União Feminina, Social e Política, cujas militantes, que atuaram até o início da Primeira Guerra, ficaram conhecidas como suffragettes

1906: Reabilitação de A. Dreyfus: vitória das forças progressistas na França

1916: Conferência de Haia , dos socialistas internacionalistas, denuncia a I Guerra

1919: Pacto da Sociedade das Nações – Liga das Nações


1919: Conferência de Versalles fixa regras do pós-guerra, sufocando a Alemanha. O nazismo crescerá nesse caldo de cultura


1920: Criada a Liga das Nações, à sombra da carnificina da I Guerra Mundial

1929: A Convenção de Genebra relativa ao Tratamento de Prisioneiros de Guerra 



1937: Bombardeio nazista destrói a cidade de Guernica, 248 vítimas civís. Em maio Picasso pinta Guernica, símbolo da Espanha republicana 

1942: Declaração das Nações Unidas

1943: Virada estratégica na II Guerra: a URSS vence a batalha de Stalingrado; 200 mil alemães mortos, 90 mil aprisionados. Hitler cai na defensiva em todo o cenário da guerra



1943: Levante do Gueto de Varsóvia contra a ocupação nazista e o genocídio, dirigido por uma frente que vai de comunistas a rabinos. É a data escolhida em memória do Holocausto (em hebraico, Shoah), que fez cerca de 6 milhões de vítimas

1945: Carta das Nações Unidas


1945: Criação da Organização das Nações Unidas (ONU)

1945: Tribunal Militar de Nuremberg – Julga os Crimes do Nazismo



1945: Tribunal Militar de Tóquio - Julga os Crimes dos Japoneses

1945: Os EUA lançam a 1ª bomba atômica, em Hiroshima (e dia 9 em Nagasaki): 120 mil mortos, sendo 300 mil contando as vítimas da irradiação


1948: Convenção sobre a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio ONU



1948: Proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU 




Aspectos Individuais

Alguns Consideraram Radcliffe-Brown o clássico, em contraste com o romântico Malinowski. Na verdade, ele também era um homem de extremos, obcecado pela sua mensagem; tal como Malinowski, era um era egomaníaco e um dogmático. Ambos tinham pretensões a um status aristocrático e até mesmo a super-homens, e creio ser sintomático de sua semelhanças essenciais e comuns excentricidades o fato de serem ambos valetudinários. Em suma, os dois homens viam-se como profetas. Mas onde Malinowski era todo arrebatamento caudaloso, Radcliffe-Brown disciplinava o seu fluxo, guiado por sua inquebrantável adesão, ainda que um tanto ingênuo, aos cânones das Ciências Naturais do começo do século.

Radcliffe-Brown, “Anarquia Brown”, como era então apelidado, pois tinha sido um anarquista declarado e confesso, desfrutava de reputação peculiar no Trinity.



Radcliffe-Brown dizia que devia-se cultivar o estilo. Vestia-se como um savant de Paris, de maneira impecável. Ambicionava ter consciência de cada gesto, por menor que fosse; estudara inclusive a melhor posição para dormir com elegância. Não de costas, não inteiramente de lado, e não como um feto. Retratava-se até mesmo no sono.

Brown era extremamente rigoroso e se obtinha aos detalhes. “A sua obra tem uma clareza glacial e sua preocupação foi sempre com a situação formal, as regras e os rituais.” – Dizia seu colega e confidente Watson.

Em sua viagem para a Austrália Radcliffe-Brown aceitou num rasgo de igualitarismo sexual a Sra. Daisy Bates, etnógrafa amadora e filantropista a quem não tardou em brigar. Após um incidente com os nativos aborígenes australianos Radcliffe-Brown decide partir e, depois de uma autercação acalourada, abandonou a Sra. Bates, deixando-a entregue a sua sorte.

Radcliffe Brown era um excêntrico, rigoroso e detalhista estudioso.





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